/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/z/Q/mUrSS1SaqG9O2APDwhdA/bolo1.jpeg)
Estudos
No final de maio, o Ministério Público Federal na Bahia (MPF) informou que vem debatendo o possível aparecimento de outras crateras que possam oferecer risco à população e ao meio ambiente na região. Ainda conforme o órgão, integrantes do MPF se reuniram com representantes da Dow Química e do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para tratar, ainda, do risco de aumento da cavidade, a partir do inquérito civil público que apura o surgimento do fenômeno, chamado sinkhole. O órgão informou que segue apurando o caso e cobrando as providências necessárias aos órgãos competentes. Segundo o MPF, os estudos feitos pela mineradora apontam que não há riscos para a população da vila, ou na área de operação da multinacional. Funcionários da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), uma empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, confirmaram que, com base nos dados levantados, não há risco para a população de Matarandiba. A companhia não garantiu por completo a ausência de riscos, considerando as características dos fatores geológicos, que seriam impossíveis de serem previstos com 100% de precisão. No encontro, o Inema informou que recebeu novas solicitações de exploração de poços pela Dow Química na região, mas não vai conceder licenças até 2020, quando haverá a conclusão dos estudos feitos pela empresa, sobre a cratera. A Dow Química apresentou recursos tecnológicos que tem usado para monitorar a geologia da ilha, e se colocou à disposição para custear os estudos necessários para esclarecer o surgimento da cratera. O MPF informou ainda que ficou acordado que o Inema tem 20 dias para encaminhar a documentação relativa às notificações expedidas sobre a cratera, e a não concessão do licenciamento de novos poços. Além disso, a Dow Química também terá que encaminhar – no mesmo prazo – os vídeos com a visualização de toda a área em que atua na região e os estudos realizados por encomenda da empresa e que ainda não foram apresentados ao MPF. A Agência Nacional de Mineração (ANM), que também participou do debate, terá que encaminhar os relatórios de fiscalização dos últimos 10 anos de exploração do sal-gema (cloreto de sódio) na ilha e a CPRM ficou com a responsabilidade de informar a possibilidade de continuar os estudos do local, assim como o prazo para sua finalização.
O que diz a Dow Química?
Por meio de nota, a empresa informou que a comunidade de Matarandiba está segura, assim como a atual área de exploração de sal-gema da Dow e os acessos à ilha, e que a nova formação de uma cratera – fenômeno sinkhole – é improvável. Segundo a Dow, essas conclusões foram tomadas a partir do estudo geomecânico concluído em novembro do ano passado. A mesma conclusão foi obtida pela CPRM – Serviço Geológico do Brasil e ambos os estudos foram apresentados à Agência Nacional de Mineração (ANM). Apesar dos dados comprovarem que as áreas estão fora de risco, desde a descoberta da cratera, a Dow disse que utiliza tecnologias de monitoramento que oferecem informações em tempo real dos movimentos do solo na área. Essas tecnologias e são capazes de antecipar qualquer evento que possa colocar a comunidade e seus empregados em risco, conforme a empresa. O estudo para descoberta das causas do fenômeno seguem em andamento, agora restritos às áreas próximas da cavidade. (G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
ATENÇÃO: Não serão aceitos comentários com teor ofensivo, difamatório ou contendo palavras de baixo calão.